Mesmo sendo importante e essencial para
as empresas, investir em planejamento tributário não é um ponto unânime nas
tomadas de decisões gerenciais. Por causa disso, a gestão fiscal da empresa
muitas vezes é colocada para lateral, e por ser mantida em segundo plano os
erros se acumulam.
De acordo com o José Gado, gerente
tributário da Studio Fiscal, rede de franquias especializada em auditoria
fiscal e planejamento tributário, dos cinco erros mais comuns das empresas em
sua gestão fiscal, o principal é não investir em planejamento tributário.
Porém, há outros erros, tão elementares quanto e que devem gerar atenção do
empresário que quiser prosperar com seus negócios.
1. Não fazer um Planejamento Tributário;
Erro elementar das empresas que ainda
acreditam que esse tipo de serviço é um luxo. Na verdade é crucial para a
sobrevivência do empreendimento. Isso se deve ao fato do Brasil possuir uma das
cargas tributárias mais complexas do mundo não só em sua densidade de tributos,
mas também na dificuldade instrumental que é o cumprimento das obrigações pelos
excessos burocráticos da administração pública.
2. Não adequar, por vezes, suas operações
e metas às mudanças na legislação tributária;
De acordo com o IBPT (Instituto
Brasileiro de Planejamento e Tributação) desde a promulgação
da Constituição Federal em 1988, a cada dia foram editadas 46 novas
normas, totalizando uma quantia de 12 mil atualizações ao final do ano – 5,8
por hora útil. Por isso, a complexidade de nosso sistema tributário também é
constante diante das alterações legais do ordenamento regulatório. E diante
disso, se perfaz a necessidade de especialistas na análise e aplicação das
novas normas publicadas, para adequar as operações empresariais à nova
realidade jurídica e legal.
3. Não
utilizar, de forma mais efetiva, as informações geradas pela sua Contabilidade;
Muitas vezes, devido ao foco exclusivo na
sua atividade final, o empresário tende a ignorar novas possibilidades, nesse
caso aquelas geradas pela contabilidade. Ao acreditar que o setor
contábil da empresa é um instrumento meramente de exibição, onde ele comparece
apenas para saber se a empresa está gerando lucro ou não, é deixado de lado o
caráter estratégico que esse setor possui. É essencial que o empresário use
esse setor ao seu favor.
4. Desconhecer sua real carga tributária;
Ao ignorar a gestão fiscal o empresário
acaba sem saber quanto recolhe de tributos. Isso é o mesmo que o gestor ignorar
o preço da matéria prima e insumos consumidos no processo produtivo de seus
negócios. Ou seja, tão importante quanto informações de custos da empresa,
conhecer a carga tributária da empresa é essencial para o sucesso da empresa.
5. Atribuir à elevada carga tributária
todo o revés da empresa, quando, às vezes, outros elementos contribuem também
para essas dificuldades, tais como: inadequado cálculo do “preço de venda”,
“falta de planejamento estratégico”, entre outros.
Na verdade o quinto item poderia ser uma
consequência da falta de conhecimento e investimentos na gestão fiscal da
empresa. Quando o empresário não sabe sobre sua gestão tributária, passa sempre
a colocar a culpa tão somente no sistema tributário, quando na verdade, se
tivesse investido em planejamento tributário não teria motivos para tal.
Fonte: Contábeis