A
ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou,
nesta quarta-feira (23), que as prioridades do governo para este ano no
Congresso incluem a conclusão da votação do Plano Nacional de Educação (PNE – PL
8035/10, que está no Senado) e a aprovação da proposta que unifica a alíquota do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – Medida Provisória
599/12, em análise na Câmara.
Conforme a ministra, em 2013, o Executivo
quer privilegiar assuntos tributários e federativos. “Não há desculpa para não
fazer a unificação das alíquotas do ICMS, porque na MP estão previstos o fundo
de compensação, que irá cobrir as diferenças, e o fundo de desenvolvimento
regional, para contemplar regiões que precisam atrair desenvolvimentos sem
promover a guerra fiscal”, argumentou.
Segundo o líder do PPS, deputado
Rubens Bueno (PR), o partido também apoia a modernização do sistema tributário,
“desde que dentro de um projeto que atinja os interesses
nacionais”.
FPE
Ideli também destacou que a expectativa do governo
é que o Congresso vote rapidamente as novas regras do Fundo de Participação dos
Estados (FPE). Há 19 projetos sobre o assunto em análise na Câmara e 10 no
Senado. Em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou que as atuais
regras de distribuição do FPE são inconstitucionais e deu prazo, até 31 de
dezembro de 2012, para que o Congresso aprovasse novos critérios, o que não
ocorreu.
“Estamos muito preocupados. Tememos que a situação que envolve o
Legislativo e o Judiciário acabe comprometendo serviços básicos nos estados”,
disse a ministra. Conforme ela, há estados em que até 60% da arrecadação vem do
FPE. Ideli apontou que o governo federal manteve os últimos repasses do fundo,
feitos no dia 20, e também deve preservar os próximos. “A suspensão dos repasses
inviabilizaria o funcionamento de boa parte dos estados”,
reiterou.
Outras prioridades
De acordo com Ideli, outras
prioridades do governo no Congresso são a alteração do indexador da dívida dos
governos municipais e estaduais com a União (PLP 238/13); o marco regulatório
dos portos (MP 595/12); e a finalização da votação dos royalties do
petróleo.
A ministra pretende começar reuniões com os líderes partidários
para definir a agenda legislativa deste ano a partir do dia 30. Ela acredita que
a votação dos 3.060 vetos presidenciais ficará para depois do Carnaval. Essa
votação é necessária para dar continuidade à discussão sobre os royalties no
Congresso. Ao analisar mandado de segurança do deputado Alessandro Molon
(PT-RJ), o ministro do STF Luiz Fux decidiu que o veto presidencial a um artigo
da Lei dos Royalties (12.734/12) só poderia ser apreciado depois que o Congresso
votasse em ordem cronológica todos os 3.060 dispositivos
vetados.
Orçamento
A ministra também confirmou, nesta
quarta-feira, que o acordo entre partidos da base e da oposição para votar o
Orçamento de 2013 (PLN 24/12) no dia 5 de fevereiro "será honrado". Ideli se
reuniu com o presidente da Câmara, Marco Maia, para acertar detalhes sobre a
votação.
Rubens Bueno reforçou a existência do acordo. ‘É fundamental que
tenhamos votado esse Orçamento em fevereiro”, disse. “A bancada do PPS está
pronta para isso”, complementou.
Íntegra da
proposta:
PL-8035/2010
PLN-24/2012
MPV-595/2012
MPV-599/2012
PLP-238/2013
Fonte:
Agência Câmara de Notícias