terça-feira, 4 de junho de 2013

Sobe teto para o Lucro Presumido

Agora, a Lei 12.814/2013, publicada na edição da última sexta-feira do Diário Oficial da União, voltou a elevar o limite, que a partir de 1 de janeiro de 2014 passa para R$ 78 milhões. “Mais uma vez comemoramos a iniciativa, pois é mais um estímulo para o desenvolvimento dos pequenos negócios no País”, destaca o presidente do Sescon-SP, Sérgio Approbato Machado Júnior, ressaltando, porém, que o valor ainda está abaixo da perda inflacionária do período de congelamento. Sobe teto para o Lucro Presumido Congelado por mais de uma década, em abril último, o limite para opção ao regime de tributação do Lucro Presumido, após reiteradas reivindicações de todo o segmento produtivo, subiu de R$ 48 milhões para R$ 72 milhões de faturamento ao ano. À época, o Sindicato destacou a relevância do aumento, porém, manifestou a timidez do valor, tendo em vista o desgaste inflacionário dos últimos dez anos.
 
Fonte: Jornal do Brasil

Zona leste de São Paulo terá incentivo fiscal para empresas

O secretário de Finanças da Prefeitura de São Paulo, Marcos Cruz, confirmou ontem em entrevista que enviará à Câmara nas próximas semanas um projeto de lei que diminui alíquotas de impostos municipais de empresas que queiram se instalar na zona leste da Capital.
 
França disse que ainda existem indefinições quanto ao texto final do projeto, mas que o incentivo será destinado a setores específicos, "aqueles que geram mais emprego", nas palavras do secretário. Segundo Cruz, a prefeitura ainda estuda quais alíquotas serão praticadas, mas adiantou que os impostos a serem reduzidos são o IPTU e o ISS. Negou que a Prefeitura esteja fazendo guerra fiscal com municípios vizinhos. "Nós vamos agir dentro do que a legislação permite.
 
O ISS, a lei nos permite ir até 2%. Em uma empresa de call center, passar o ISS de 5% para 2% faz toda diferença", disse França. Ontem, o prefeito Fernando Haddad havia demonstrado preocupação com a concentração geográfica do emprego. Segundo Haddad, mais de 66% dos postos de trabalho da cidade estão concentrados em 5 das 31 subprefeituras.
 
Este projeto de desonerações remonta à promessa de campanha de Haddad de levar mais empregos à periferia por meio de incentivo fiscal. O projeto de lei beneficia empresas instaladas ou que venham a se instalar na zona leste, mas o secretário adiantou que pretende formatar um projeto nos mesmos moldes para o extremo sul, sem estipular um prazo.
 
Fonte: DCI

Governo estadual fará leilão inédito de créditos de ICMS

O governo de São Paulo vai realizar, pela primeira vez, um leilão de créditos de ICMS. O valor de face dos créditos é de R$ 20 milhões.

O edital será publicado hoje. O leilão vai ser realizado pela BM&FBovespa, e as pessoas jurídicas interessadas em participar devem entregar as suas propostas em 24 de junho. O deságio máximo será de 8%.

Os créditos agora leiloados eram originalmente de abatedouros de aves paulistas.

Em 2012, para ajudar o setor em crise, o governador Geraldo Alckmin concedeu créditos de ICMS no valor de 5% das vendas realizadas para outros Estados ou países, em uma tentativa de ajudar os produtores a conquistar novos mercados.

Em seguida, a Desenvolve SP, agência estadual de fomento, concedeu empréstimos a essas empresas. Os créditos de ICMS foram dados como garantia. No momento de pagar, as empresas preferiam ter a garantia executada. Na prática, pagaram os empréstimos com os créditos de ICMS agora em leilão.
 
Fonte: Folha de S.Paulo

Esforço pela reforma do ICMS

O coordenador do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), Cláudio Trinchão, afirmou ontem que o colegiado vai apresentar um documento com os pontos convergentes a fim de tentar salvar a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações interestaduais. Em entrevista exclusiva ao serviço de tempo real da Agência Estado, Trinchão avalia que a reforma não acabou. "Acho que ainda há possibilidade de nós trabalharmos a reforma tanto no Confaz como aqui no Congresso", destacou.
 
O principal ponto de atrito é que o governo não aceitou as mudanças feitas, há duas semanas, por senadores na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado nas alíquotas diferenciadas do ICMS. Após a ampliação de regras de exceção à tarifação de 4% do imposto, o Executivo decidiu não apoiar mais a criação dos fundos de compensação e de desenvolvimento regional previstos na Medida Provisória 599/2012.
 
Cláudio Trinchão disse que, na última quarta-feira, o Confaz decidiu apresentar até o dia 4 de junho um relatório com os pontos convergentes da reforma preparado pelos secretários estaduais de Fazenda aos parlamentares. "Em cima desse documento, nós certamente iremos nortear os parlamentares sobre quais são as posições dos estados. Nós queremos aproximar as duas áreas, a área técnica da política", destacou ele, que também é secretário de Fazenda do Maranhão.
 
O coordenador do colegiado disse que entre os pontos onde há possibilidade de acordo está a aceitação da alíquota de 7% para a indústria nas operações que partam do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e o Estado do Espírito Santo em direção ao restante do País. Outro seria a "convalidação plena" dos incentivos fiscais já concedidos pelos Estados, que estão sob ameaça de serem anulados a qualquer momento por uma súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal (STF).
 
Entretanto, destacou, não há consenso em relação à tarifação para a Zona Franca de Manaus e gás natural. "Se nós conseguirmos equacionar esses pontos, e não são tantos, eu acho que dá para se achar uma solução de meio termo", disse Trinchão. O coordenador do Confaz admite que a anunciada saída em junho do secretário-executivo do Ministério da Fazenda e principal negociador da reforma, Nelson Barbosa, dificulta a aprovação da proposta. "Nós estamos conscientes de que a reforma é importante, é necessária e vamos tentar unir esforços no sentido de, ainda com a perda do Nelson, conseguir viabilizar o andamento das propostas", afirmou.
 
Fonte: Diário do Comércio

Empresas devem ter desoneração fiscal para se instalar na periferia

A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (23) que está elaborando um projeto de lei para a desoneração de tributos (IPTU e ISS) às empresas que se instalarem em regiões periféricas. A intenção, segundo o prefeito Fernando Haddad, é criar incentivos para o desenvolvimento de regiões localizadas nos extremos da cidade. Durante o seminário “Administrando uma megacidade: São Paulo no século XXI”, realizado no Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Haddad defendeu ainda o aperfeiçoamento do Plano Diretor Estratégico (PDE).
 
Com mais empresas em bairros considerados “dormitórios” - afastados do Centro -, o prefeito considera que a qualidade de vida dos moradores deverá melhorar consideravelmente. “Se a gente levar o emprego para lá eu tenho certeza que o empresário vai pensar duas vezes antes de sair de São Paulo. Estímulos fiscais da mesma proporção para instalar empresas e impedir que esses deslocamentos se ampliem ainda mais”, afirmou Haddad. O projeto de lei está sendo preparado pelo secretário municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico, Marcos Cruz, e deverá ser enviado para a Câmara nas próximas semanas.
 
De acordo com o prefeito, a cidade tem mais de 1,5 milhão de habitantes a leste da avenida Jacu Pêssego, que está a 20 km do Centro. Semelhante acontece com a região ao sul da Cupecê, que conta com mais de 1 milhão de pessoas. “Um pouco do conceito do Arco do Futuro, Arco Tietê, Jacu Pêssego, Cupecê, veio na esteira de que não será suficiente ampliar o transporte público quando eu tenho três milhões de trabalhadores com média de 10 km por dia de deslocamento, de manhã e de tarde.
 
Então nós temos que criar estímulos para distribuir os empregos de forma mais adequada na cidade”, afirmou o prefeito. Haddad ainda enfatizou que é fundamental que o governo também invista em uma política de descentralização dos serviços públicos na cidade. “Todas as licitações que estão sendo feitas na cidade de São Paulo estão seguindo essa diretriz. Então se eu vou instalar wi-fi na cidade, eu quero que o serviço esteja em Cidade Tiradentes, em Guaianazes, no Grajaú, para que as pessoas tenham condições de acesso ao serviço público sem grande deslocamento”.
 
Atualmente, 17% dos empregos da cidade estão concentrados apenas na subprefeitura da Sé. Plano Diretor Haddad mencionou ainda a importância de aproveitar a discussão do Plano Diretor para estabelecer novas diretrizes e aperfeiçoar leis já existentes. “A pior coisa que pode acontecer na cidade de São Paulo é não fazermos uma reforma urbana como ela merece. A cidade está como um cavalo selvagem no seu desenvolvimento, na sua expansão, e ela precisa de menos burocracia e mais estímulos corretos para que os empreendimentos tenham mais impactos externos positivos que negativos”, afirmou o prefeito. “São Paulo é responsável por 12% do PIB, com 11 milhões de habitantes.
 
São Paulo precisa se tornar parte do desenvolvimento nacional. Nós estamos fora do jogo e precisamos recolocar a cidade, pois com a limitação que temos hoje, todo trabalho precisa ser no sentido de alinhar município, estado, governo federal e setor privado, porque não falta força na cidade. O problema é que as pessoas estão remando para lados contrários”, concluiu o prefeito.
 
Fonte: prefeitura.sp.gov.br

Elevada carga tributária é injustiça com os mais pobres, dizem especialistas

O peso dos tributos no Brasil voltou a ser tema de debate na Câmara. Um dia após o lançamento da campanha "Imposto Justo", pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, foi a vez de a Comissão de Defesa do Consumidor discutir o impacto dos impostos no preço final dos produtos ao consumidor. Além da elevada carga tributária, que chega a quase 36% do Produto Interno Bruto (PIB), os participantes da audiência pública ressaltaram a injustiça com os mais pobres que, proporcionalmente, pagam mais impostos do que os de maior renda. Isso em parte porque mais da metade dos tributos cobrados no Brasil incide sobre o consumo.
 
O presidente do Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional, Allan Titonelli, defende a mudança dessa sistemática. "A OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico], de uma maneira geral, coloca como uma tributação justa aquela que privilegia em certo aspecto o patrimônio e a renda. Esses sistemas tributários são progressivos, são aqueles em que incidem uma maior tributação sobre quem ganha mais, quer dizer, quem ganha mais deve pagar mais e quem ganha menos deve pagar menos." 35% sobre medicamentos Além disso, os convidados e deputados presentes à reunião questionaram supostas distorções quanto à tributação, distorções essas que fazem, por exemplo, com que cerca de 35% do preço de um medicamento de uso humano seja formado de tributos, enquanto que para o medicamento de uso veterinário essa incidência fique em torno de 14%.
 
Os preços dos medicamentos acabaram virando um símbolo do discurso adotado por boa parte dos participantes da audiência pública, como o deputado Reguffe (PDT-DF), autor de um projeto de lei (PL 1097/11) para zerar a carga tributária dos remédios, a exemplo do que é feito em outros países. "Eu fiz um requerimento formal de informações ao Ministério da Fazenda, solicitando o impacto financeiro e orçamentário dessa medida.
 
A resposta foi que esse impacto é de R$ 3 bilhões por ano”, ressaltou Reguffe. “Ora, R$ 3 bi no Orçamento da União de 2011, que foi de R$ 2,073 trilhões, é apenas 0,11% desse total. Portanto, um impacto ínfimo em benefício direto na vida de milhares de famílias deste País." Desoneração tributária Para o presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial, Roberto Abdenur, o governo vem tomando iniciativas importantes, como a desoneração tributária de alguns setores, como o automotivo, o dos eletrodomésticos da linha branca e o dos produtos da cesta básica. "Eu não acho que haja inversão de valores. Acho apenas ser preciso que esse olhar das autoridades sobre a questão tributária e suas implicações seja estendido, seja ampliado para artigos de primeira necessidade", defendeu Abdenur. Tributos na nota fiscal Os participantes da audiência pública destacaram a importância da lei (12.741/12) que obriga os comerciantes a informar na nota fiscal os tributos embutidos nos preços das mercadorias.
 
Para Celso Augusto Rodrigues Soares, representante do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça, a lei, que entra em vigor no início de junho, induz o consumidor a tomar consciência do peso dos tributos incidentes sobre os produtos que consome. A Lei estabelece que as notas fiscais deverão informar o valor relativo aos seguintes tributos: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); Imposto sobre Serviços (ISS); Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Imposto sobre Operações Financeiras (IOF); PIS/Pasep; Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o imposto que incide sobre a comercialização e importação de derivados de petróleo (Cide). Íntegra da proposta: PL-1097/2011 Marise Lugullo
 
Fonte: Agência Câmara Notícias

Confaz regulamenta ICMS de importados

Os secretários de Fazenda reunidos no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) chegaram a um acordo sobre como as empresas devem fazer a discriminação das mercadorias para atestar o percentual de importação, de acordo com a Resolução 13, da guerra dos portos.
 
Pela resolução, todo o produto com mais de 40% de conteúdo importado paga Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 4%. Para as mercadorias que não forem submetidas a processo de industrialização, esse percentual será calculado com base no valor do bem informado no documento fiscal, excluindo os valores de ICMS e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
 
 Quando a mercadoria com conteúdo de importação superior a 40% passar por processo de industrialização, será adotado um critério escalonado para determinar o percentual de importação a ser considerado na emissão dos documentos fiscais.
 
Se a mercadoria tiver conteúdo importado de até 40% mesmo após processo de industrialização, ele será considerado como nacional. O bem será considerado como 50% nacional e 50% importado quando o conteúdo de importação for superior a 40% e igual ou inferior a 70%.
 
A mercadoria será considerada importada quando o conteúdo de importação for superior a 70%. O secretário Claudio Trinchão, coordenador dos Estados no Confaz, diz que o critério de escalonamento foi uma solução de meio termo. “O escalonamento vai provocar distorções no cálculo do imposto quando houver várias fases de operações interestaduais.
 
Mas o critério foi criado para facilitar a vida do contribuinte e viabilizar a aplicação da resolução.” José Ricardo Roriz Coelho, diretor de competitividade da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), diz que a regulamentação traz simplificação e a manutenção do sigilo em relação à margens das empresas. Clóvis Panzarini, ex-coordenação de administração tributária da Fazenda de São Paulo, estima que o escalonamento causará distorções no cálculo do imposto.
 
Ele também destaca o conflito entre as fiscalizações dos Estados envolvidos. “O Estado de origem vai preferir que a mercadoria tenha conteúdo importado inferior a 40%. O Estado de destino irá preferir o contrário.” Eduardo Campos Marta Watanabe De São Paulo
 
Fonte: Valor Econômico
 
 

Governo lançará portal para unificar pagamento do INSS, FGTS e IR dos domésticos

Brasília - O governo federal vai lançar, na primeira semana de junho, um site na internet para unificar o recolhimento do INSS, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e do Imposto de Renda dos trabalhadores domésticos. Segundo a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o sistema é simples vai facilitar as relações entre empregador e trabalhador.

“O empregador poderá registrar os seus empregados. Isto vai gerar uma folha de pagamento por empregado e possibilitará a unificação do pagamento das contribuições e impostos relativos à relação de trabalho”, explicou Gleisi durante coletiva, após entrega ao Congresso de documento com sugestões do governo sobre a regulamentação do trabalho doméstico. Segundo ela, o portal na internet será mantido pela Receita Federal, em conjunto com os ministérios do Trabalho e da Previdência.

A ministra explicou que, até a votação da Emenda Constitucional 72 pelo Congresso, não será possível o pagamento unificado, mas o portal estará no ar para que as pessoas possam conhecê-lo e aprender a usá-lo. Por meio da internet, o empregador poderá controlar todas as obrigações trabalhistas e fiscais e fazer o cálculo automático dos valores e emissão de guia de recolhimento com código de barras.
Fonte: Agência Brasil

Sobe teto para tributação simples de lucro

O governo voltou a aumentar, em 8,33%, os limites de receita bruta para que as empresas possam optar pelo regime de tributação do IR com base nos lucros real e presumido a partir de 1º de janeiro de 2014. No início de abril, o aumento havia sido de 50%. Assim, somados os dois aumentos (50% e 8,33%), os novos valores foram reajustados em 62,5%.
 
Segundo a lei nº 12.814, publicada no "Diário Oficial" da União de sexta, a empresa cuja receita bruta total no ano anterior tenha sido de até R$ 78 milhões poderá optar pelo lucro presumido. No caso de atividade inferior a 12 meses, o limite para essa opção valerá para a empresa com receita bruta de até R$ 6,5 milhões por mês. LUCRO REAL A mesma lei estabelece que estão obrigadas à apuração do lucro real as empresas cuja receita bruta total no ano anterior seja superior a R$ 78 milhões.
 
No caso de atividade inferior a 12 meses, terá de optar pelo lucro real a empresa que tiver receita bruta superior a R$ 6,5 milhões/mês. Os limites atuais são de R$ 48 milhões e R$ 4 milhões. A lei publicada na sexta-feira é resultante da conversão, com emendas pelo Congresso, da medida provisória nº 594. Assim, os valores definidos em abril pela medida provisória nº 612 (R$ 72 milhões e R$ 6 milhões, respectivamente) não têm mais validade. INSUFICIENTE Apesar de positiva, a elevação do teto de faturamento é considerada insuficiente para corrigir a inflação dos últimos dez anos, quando havia ocorrido o mais recente reajuste do limite.
 
Para tributaristas e empresários consultados, o limite deveria variar de R$ 90 milhões a R$ 96 milhões. Pelo IGP-M da FGV, o valor atualizado até janeiro de 2013 seria de R$ 94 milhões. Empresas de médio porte do setor de serviços devem ser as mais beneficiadas pela ampliação do teto. No caso das indústrias, cálculo da Fiesp a partir de números do IBGE aponta que 1.200 empresas podem se beneficiar, equivalendo a 270 mil postos de trabalho (4,5% do total).
 
Fonte: Folha de S.Paulo

Complexidade fiscal dificulta ingresso de investimentos

A complexidade do sistema tributário brasileiro assusta investidores externos. Em entrevista ao DCI especialistas internacionais e brasileiros da empresa BDO Auditoria e Consultoria relataram que empresários de fora têm dificuldades tanto na hora de decidir entrar no País como durante os primeiros meses do ingresso.
 
Segundo Paulo Ferreira Alves, sócio da área de tributos da empresa em Portugal, seus clientes que veem para o Brasil, após um tempo pensam em voltar a Portugal e desistir do investimento devido às dificuldades. "O problema é conhecer o sistema fiscal e o sistema tributário brasileiro, no momento da decisão do investimento a coisa já se torna complicada, o Brasil como estado confederado tem vários sistemas diferentes o que a nós europeus nos causa alguma instabilidade e complica o próprio processo de decisão", disse o especialista. "Depois os que tomam a decisão de vir e investir, os problemas que nós temos tido são complexos, em primeiro lugar há dificuldade em obter respostas concretas, entender o sistema e depois há o que acontece em Portugal e com outros estados da União Europeia , nós temos uma convenção para evitar a dupla tributação como o Brasil que é baseado o modelo da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], é um modelo comumente aceito por todos os países com alguma relevância e o Brasil insiste em não aplicar".
 
O diretor de tributos da filial brasileira da empresa, Hugo Amano, explica que isso ocorre pois no Brasil existe retenção na fonte. "Nós temos esse acordo de taxação dupla, mas o ponto é que a legislação domestica não esta alinhada com isso. É frequente que tenhamos esse problema de que retenham impostos em pagamentos que à principio seriam isentos, então temos um conflito entre taxas internacionais e a legislação domestica".
 
Amano completa dizendo que mesmo empresários que estão habituados a fazerem negócios com diversos países do mundo têm que mudar seus padrões quando se trata do Brasil. "Muitas vezes eles têm um padrão para o mundo, mas não é fácil aplicar esse padrão no Brasil pois nosso sistema tributário é diferente. então eles tem que fazer algumas mudanças", disse. Para o especialista português, se a Europa estivesse em uma situação que não fosse de crise, a decisão de empresários por local de investimento não seria o Brasil. "Nós temos que investir no Brasil, isso não é impedimento porque estamos em um estado de necessidade, se a Europa não tivesse essa questão da crise íamos investir em outro lugar, mas temos que investir.
 
É um custo que temos que ter, alguém que presta serviços no Brasil sabe que tem que pagar o imposto, não existe outra forma". Bitributação Ao ser questionado sobre qual país o Brasil deveria investir em tratados de bitributação, Alves explica que o problema não é a falta de acordos mas o não cumprimento dos já existentes. "Na Europa há uma cultura de convenção que abrange quase todos os países, o problema é que não se cumpre, a única maneira que eu tenho de fazer cumprir é ir ao tribunal mas ninguém faz porque é mais complicado", disse. "O acordo de bitributação é bom para ambos os lados, se uma empresa do Brasil quer investir nos Estados Unidos, ela deve ser taxada nos Estados Unidos, se uma empresa americana quer investir no Brasil ela deve ser taxada no Brasil , é impossível fazer negócios sem o acordo de bitributação, para mim é difícil de entender o porquê disso, apenas questões políticas podem explicar", completou o especialista apontando que razões econômicas não podem ser o motivo do descumprimento dos acordos.
 
Europa Alves explica que um dos objetivos da União Europeia é a harmonização fiscal para que os tributos não sejam um obstáculo à livre circulação de mercadorias. "No nível da tributação indireta há o IVA [Imposto sobre Valor Agregado] que se baseia em uma norma da União Europeia [UE] que basicamente diz que o IVA é igual em todos os países. Para os impostos diretos a UE não têm regras para harmonização mas há uma tentativa de harmonizar", disse o sócio da BDO. O especialista afirmou acreditar que o IVA é o imposto perfeito e que, portanto, o Brasil poderia fazer algo semelhante, " é um imposto que permite evitar fraudes, por causa do sistema, de ser um imposto progressivo, é um imposto moderno e é um imposto também que as pessoas não sentem tanto", completou. Paula de Paula
 
Fonte: DCI

'Estado confunde fisco com confisco.' Sentença de Ayres Britto

"O Estado confunde fisco com confisco". Esta é a definição do sistema de arrecadação brasileiro do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Augusto Ayres de Freitas Britto. Ele participou, ontem, da reunião mensal ordinária do Conselho Político e Social (Cops) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). "É impressionante a voracidade de arrecadação dos nossos governantes", afirmou o ministro depois da palestra que ministrou no encontro "Segurança Jurídica e Poder Judiciário". Britto também defendeu as concessões e privatizações no Brasil na palestra que registrou a presença de cerca de 50 membros do Conselho: "O senhor da atividade econômica é o particular, o cidadão.
 
O Estado só pode exercer essa atividade em casos de emergência ou muito especialmente para o benefício coletivo." E observou que a livre iniciativa é essencial para o País e que o empreendedor tem total apoio do STF. "A livre iniciativa é vocacional e não se pode impedir o ser humano da realização vocacional." Constituição– Para os negócios, disse, a Justiça garante as realizações, levando-se em conta a Constituição Brasileira, a segurança jurídica para o processo produtivo. "A ordem jurídica assegura o conhecimento prévio dos resultados de seus próprios atos. Isso é importante para o empreendedorismo." "O Brasil é, juridicamente, um país primeiromundista graças a essa constituição."
 
E lembrou que mesmo na letra constitucional avançada existe o ser humano que a utiliza. "Mas os humanos, mesmo as lideranças passam." Ordem jurídica, democracia e empreendedorismo dependem ainda de um preceito fundamental, a liberdade de imprensa, na opinião de do ex-presidente do Supremo. "A Constituição é fundamental e o seu pleno é a democracia com plena liberdade de imprensa e de empreender." Britto vê problemas na Constituição que evitam avanços no País como, por exemplo, possibilitar alterações profundas no sistema tributário brasileiro por meio de ações judiciais analisadas pelo STF. "O sistema tributário brasileiro é um manicômio, já foi dito.
 
Mas a Constituição do Brasil não consegue atacar essa questão com firmeza." Vespeiro – Britto também comentou as decisões do STF que abrangem a competência do Congresso Nacional. As últimas semanas registraram debates entre legislativo e judiciário trocando farpas sobre a competência de cada poder nos assuntos da sociedade brasileira em debate no âmbito federal. "O Supremo sabe que muitas vezes está diante do vespeiro. Diante de certas situações em que não há uma mediação clara entre a Constituição e seus destinatários, o legislativo não ocupou o espaço que lhe cabia, o Supremo se vê na contingência de extrair da própria constituição os conceitos, as normas, de que precisa para resolver e daí se diz que o Supremo substitui o Congresso Nacional sendo usurpador. Isso não procede.
 
O STF tem a obrigação de atuar se o legislativo não resolve uma questão." Britto lembrou a questão do nepotismo. "Se o Congresso Nacional quisesse conceituar o nepotismo, poderia fazer, mas não fez. O que disse o STF? Se a Constituição consagra os princípios da eficiência, igualdade, moralidade, impessoalidade, a todas as luzes o nepotismo é uma colisão frontal e mortal a esses quatro princípios." "O Supremo sabe que muitas vezes está diante de um vespeiro. Não cabe ao Supremo por exemplo fazer a reforma política, isso é papel do Congresso Nacional. Mas se o Congresso, volto a dizer, não tem a obrigação de legislar, o Judiciário é obrigado a julgar."
 
Fonte: Diário do Comércio

ICMS? Sempre há como piorar

A emenda saiu pior que o soneto. É mais ou menos dessa forma que o jurista Ives Gandra Martins interpreta a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que vem sendo desenhada no Congresso Nacional. Integrante do Conselho Superior da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Ives Gandra Martins previu o acirramento da guerra fiscal entre os estados caso sejam aprovadas as três alíquotas interestaduais previstas no relatório do senador Delcídio do Amaral (PT/MS ), aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no início de maio.
 
Em princípio, a ideia era unificar a alíquota como forma de desestimular os estados a concederem benefícios fiscais ilegais. "É preferível ficar com o sistema atual, que é ruim, mas melhor do que propõe o relatório", resumiu, ontem, durante reunião do Conselho de Altos Estudos em Finanças e Tributação (Caeft), da ACSP, coordenado pelo advogado tributarista Luis Eduardo Schoueri.
 
Para Ives Gandra, a Constituição Federal determina três tipos de autonomia aos entes federativos: política, administrativa e financeira. Quando um Estado concede um incentivo fiscal ilegal para atrair investimentos, impactando a arrecadação de outro Estado que perde competitividade, fere sua autonomia financeira. "A guerra fiscal é a desconstrução da federação, que afeta a concorrência entre as empresas", disse, ao lembrar que a briga entre os Estados passou a ser exacerbada a partir de 1988, quando a União – que detém quase 70% do bolo da arrecadação de impostos – deixou de fazer políticas de desenvolvimento regionais.
 
O jurista é um dos 13 integrantes da chamada Comissão de Notáveis, nomeada pelo ex-presidente do Senado, José Sarney, com o objetivo de elaborar sugestões para um novo pacto federativo tributário. Os vários meses consumidos para estudar o assunto se resumem a um relatório de 70 páginas, guardado nas gavetas do Senado. De acordo com o jurista, quase nada foi aproveitado nas propostas legislativas que se atropelam no Congresso Nacional. "Há uma desfiguração dos projetos apresentados pela comissão de especialistas", criticou. Uma das sugestões apresentadas pelo grupo era a de alterar a unanimidade de quórum do Confaz em apenas quatro hipóteses, por exemplo.
 
O ex-secretário da Receita Federal e membro do Caeft, Everardo Maciel, também não poupou críticas às propostas em discussão no Congresso. Na sua opinião, a guerra fiscal não ocorre somente por falta de uma política de desenvolvimento regional.
 
O problema maior é que não existe sanção aos Estados que concedem benefícios sem a permissão do Confaz. Everardo Maciel também integrou a Comissão de Notáveis e lembrou que umas das sugestões apresentadas no documento entregue ao senador José Sarney era a de criminalizar agentes públicos que descumprirem as regras.
 
Essa sanção não é discutida em nenhum dos projetos legislativos. Presente à reunião, o secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Andrea Calabi, se mostrou preocupado com os rumos da reforma do ICMS. Pelas estimativas do fisco paulista, as perdas para o Estado paulista geradas com a versão do projeto aprovado no Senado somam R$ 7 bilhões ao ano.
 
Na opinião de Calabi, a falta de um projeto de política de desenvolvimento regional é o principal motivo para a guerra fiscal entre os estados. "É inacreditável que o Brasil não tenha essa política de desenvolvimento", afirmou. Segundo o secretário, em vez de um consenso, há no Congresso Nacional uma disputa intensa de emendas e destaques. "O mais provável é que a discussão volte a ser feita no âmbito do Confaz", previu.
 
Fonte: Diário do Comércio

Sindifisco propõe correção anual na tabela do IR

O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita (Sindifisco) lança hoje uma campanha para viabilizar um projeto de lei de iniciativa popular que, entre outras mudanças, pretende tornar obrigatória a correção anual da tabela do Imposto de Renda para pessoas físicas. Para poder ser votado na Câmara de Deputados, o projeto de inciativa popular, precisa de 1,5 milhão de assinaturas no País.
 
A proposta do Sindifisco é que a correção anual seja feita com base no rendimento médio mensal dos contribuintes com idade a partir de 10 anos. O cálculo seria feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e não mais pelo centro da meta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,5%, como ocorre atualmente.
 
Além disso, durante 10 anos a correção seria acrescida de 5%, para eliminar uma defasagem entre a inflação e os reajustes da tabela do IRPF, que de acordo com estudos da entidade é de 59,28%, levando-se em conta as variações ocorridas desde 1996. Em sua justificativa, o texto do projeto de lei ainda aponta para uma tributação mais justa, principalmente nas faixas mais baixas de renda tributável líquida.
 
O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Assessoramento e de Serviços Contábeis de Londrina (Sescap-LDR), Jaime Junior Silva Cardoso, considerou como positiva a proposta. Em uma conta estimada ele elaborou um exemplo do que ocorreria com a tributação de alguém que tem rendimentos de R$ 2 mil por mês. "Caso fosse aprovado esse projeto,alguém com essa renda, em 2015, cuja correção salarial fosse de 8%, pagaria R$ 9,22 de IR e a partir do ano seguinte ficaria isenta, já que a correção de 5% retiraria o seu perfil de renda da obrigatoriedade do imposto".
 
Outro ponto do texto que ele aprova é a alta no limite de dedução com educação, que atualmente é de R$ 3.091,35 e pela proposta subiria para R$ 12.022,13. Embora ressalte a necessidade de cálculos mais completos para avaliar com maior precisão a correção proposta no projeto, o especialista em direito tributário, Antonio Carlos Lovato diz que "qualquer correção é bem-vinda". Contudo ele critica a previsão de tributação dos lucros obtidos pelas pessoas físicas residentes no exterior e sobre a distribuição de lucros aos sócios e acionistas de empresas sediadas no País. "Essas alterações seriam extremamente lesivas pois desestimulariam o investimento do capital externo e o investimento em pessoas jurídicas".
 
Sobre isso, o presidente do Sindifisco de Londrina, José Devair de Oliveira, responde que o projeto foi pensado "em uma visão com relação à sociedade" e lembrou que a proposta poderá ser discutida "de forma aberta". Perguntado sobre o efeito que tal lei poderia ter sobre a arrecadação de tributos ele diz que a mesma não traria prejuízos ao Tesouro Nacional. "Temos estudos que trabalham com esses dados e mostram que é possível, com as mudanças, ter um equilíbrio nesse sentido". João Fortes Reportagem Local
 
Fonte: Folha Web

Isenção fiscal não vale para importação indireta

A Receita Federal decidiu que a isenção prevista para a aquisição de equipamentos ou materiais para os eventos esportivos que serão realizados no país – como a Copa do Mundo – não vale para as importações por conta e ordem. O entendimento está na Solução de Consulta nº 52, da 6ª Região Fiscal (Minas Gerais), publicada na edição do dia 14 do Diário Oficial da União.
 
De acordo com o advogado Luiz Rogério Sawaya, do escritório Nunes e Sawaya Advogados, a Receita Federal já vinha adotando esse entendimento, não permitindo o desembaraço aduaneiro de mercadoria com isenção fiscal por importador que não teria direito ao benefício. “As construtoras e empreiteiras que atuam na reforma de estádios, por exemplo, têm feito importação direta”, afirma.
 
A Lei nº 10.451, de 2002, autoriza a importação de equipamentos e materiais esportivos sem a incidência de IPI e Imposto de Importação. A isenção vale até o dia 31 de dezembro de 2015 e é destinada a contribuintes com atuação relacionada às “competições, ao treinamento e à preparação de atletas e equipes brasileiras”.
 
O advogado Rodrigo Rigo Pinheiro, do Buccioli & Advogados Associados, diz que a garantia da isenção apenas à importação direta vai contra o objetivo dos regimes especiais criados para esses grandes eventos esportivos. “Se a empresa não tem capacidade de importar, fica sem o beneficio”, diz. Apesar de muitas companhias não terem conseguido usufruir do benefício na importação, Sawaya afirma que até agora não sabe de nenhuma que foi à Justiça garantir o direito. “O prazo era muito curto [até a Copa das Confederações].
 
Não dá para ficar esperando uma resposta administrativa ou do Judiciário”, afirma. As soluções de consulta da Receita são respostas a questionamentos feitos por contribuintes. Apesar de ser válido apenas para a empresa que fez a consulta, o entendimento pode ser usado na defesa de casos semelhantes. Bárbara Mengardo
 
Fonte: Valor Econômico

Requião critica substituição tributária para micros e pequenas empresas

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) sugeriu aos senadores nesta segunda-feira (20) a discussão de medidas que atenuem para micros e pequenas empresas o efeito da Substituição Tributária. A regra, oficializada no início da década de 90, permite que o Estado cobre do comerciante o imposto referente à venda do produto não quando esse produto chega ao consumidor, mas quando ele sai da indústria.
 
Segundo o senador, a Substituição Tributária do ICMS (ICMS-ST) tem tido efeito “nefasto” nas micro e pequenas empresas. Num pronunciamento em plenário, Requião sugeriu que o Senado crie mecanismos que assegurem às micros e pequenas empresas o pagamento em suas compras da alíquota máxima de ICMS existente dentro do Simples Nacional, regime ao qual costumam estar enquadradas.
 
Atualmente, mesmo dentro desse regime especial, cuja alíquota máxima de ICMS é de 3,95%, as micros e pequenas empresas pagam, na substituição tributária, o ICMS geral cobrado pelo estado em razão do bem ou serviço vendido. Nesse caso, a alíquota pode variar de 7% a 29%.
 
A proposta, que o senador pretende apresentar na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), impediria, em sua opinião, “a quebradeira, a falência e a impossibilidade da continuidade de micros e pequenas empresas no Brasil”.
 
O senador explicou que, à época em que foi governador do Paraná, criou um sistema de proteção da micro e pequena empresa que acabou inspirando o Simples Nacional adotado hoje pelo governo federal. O imposto do sistema criado em seu governo era zero para as microempresas e de 2% para as pequenas.
 
O problema, alertou, é que nos últimos anos, as Secretarias de Fazenda estaduais têm adotado a Substituição Tributária, cobrando o tributo por mercadorias e serviços em uma fase única, na sua origem (fábrica ou distribuição) e não sobre a venda final.
 
A prática desconfiguraria o que Requião considerou a “marca fundamental” do ICMS: sua incidência sobre as várias etapas do processo de circulação das mercadorias. E, por ter o imposto cobrado de forma antecipada, isso provocaria distorções tributárias, seja na cobrança para mais ou para menos do que seria o ICMS real imbutido no preço efetivo cobrado do consumidor final pela mercadoria ou serviço. – É sabido e ressabido que o uso massivo do regime de ICMS-ST deixa perpassar, para os que se debruçam em analisar as finanças públicas, o sentimento de que os desequilíbrios na execução financeira dos orçamentos governamentais têm seu ônus transmitido, sorrateiramente, para toda a sociedade pela correia de novos preços nominais que embutem a majoração derivada dos fenômenos que assinalamos – criticou o senador.
 
Fonte: Agência Senado

Piauí perde R$ 37 milhões do ICMS das operações não presenciais

De janeiro a abril desse ano (2013), o Piauí já perdeu R$ 37 milhões do ICMS das operações não presenciais, que envolvem as realizadas por meio da internet, telemarketing, showroom e compra direta. Mensalmente, isso representa cerca de R$ 9,62 milhões que deixam de ingressar na receita do Estado, podendo chegar a uma perda anual de mais de R$ 110 milhões. “Para um Estado pobre como o Piauí, que precisa de vários investimentos na área da infraestrutura e ainda sofre com a queda do repasse do Fundo de Participação (FPE), é algo extremamente lamentável.
 
Esses recursos poderiam estar sendo aplicados na saúde, na educação e no desenvolvimento do Estado e dos municípios piauienses”, afirma o secretário estadual da Fazenda do Piauí, Silvano Alencar. Ele acrescenta que os municípios também estão sendo prejudicados com a falta de uma legislação que repartilhe o ICMS entre os Estados de destino e de origem, tendo em vista que esses municípios têm direito a um quarto (25%) da arrecadação do ICMS, o que representa R$ 9,25 milhões a menos no repasse para os municípios piauienses, apenas nesse quadrimestre de 2013, sendo que durante o ano as perdas podem chegar a R$ 27,5 milhões.
 
Por isso, os prefeitos também devem se interessar pela evolução dessa discussão, que, caso seja resolvida, possibilitará mais investimentos em saúde, educação, segurança pública, etc, proporcionando mais desenvolvimento para o Estado e os municípios piauienses. Vale ainda ressaltar que dos R$ 110 milhões do valor ICMS que o Piauí está deixando de arrecadar anualmente das operações realizadas por não contribuintes, cerca de R$ 30 milhões estão deixando de ser investidos por ano nas áreas da educação e saúde, tendo em vista que dos recursos do referido imposto que ficam no Estado, 25% são destinados para a educação e 12% para saúde.
 
E em relação ao quadrimestre de 2013, deixaram de ser repassados para educação e saúde R$ 7,5 milhões. Nos últimos três anos, o Piauí perdeu R$ 260 milhões do ICMS das compras não presenciais O prejuízo pela falta de arrecadação do ICMS das compras não presenciais só aumenta a cada ano, pois é cada vez maior o número e o valor financeiro movimentado por esse tipo de operação. Nos últimos três anos (2010 a 2012), por exemplo, o Piauí teve perdas nominais de mais de R$ 260 milhões em relação às compras não presenciais.
 
E só no ano passado, esse valor foi de R$ 113,77 milhões. Se por um lado a receita estadual perde, a quantidade de operações que envolvem as compras não presenciais só aumenta no Piauí e no Brasil. Apenas nesse primeiro quadrimestre de 2013, houve no Estado um aumento de 13,95% em relação à quantidade de operações e de 10,84% em relação ao valor de mercadorias e bens oriundos das compras não presenciais, sendo que os números do primeiro quadrimestre desse ano registram que no Piauí foram realizadas 706.302 operações por não contribuintes, que envolvem um montante de R$ 659, 71 milhões.
 
Em relação aos números do país, a própria ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, comentou que o ICMS eletrônico na compra pela internet cresceu quase 30%, somente no ano passado. Â Recentemente, a consultoria E-bit, também divulgou que o comércio eletrônico faturou R$ 1,055 bilhão no último Dia das Mães, o que representou um crescimento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado.
 
Como hoje inexiste uma regra clara sobre a cobrança do ICMS, a receita desse imposto ficou concentra em poucos estados do país, como Rio de Janeiro e São Paulo, sendo que este último concentra quase 40% das compras eletrônicas no país. Questão não foi resolvida no âmbito Legislativo e nem no Judicial A maioria dos Estados brasileiros já assinou o Protocolo ICMS 21 do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), em 1º de abril de 2011, que estabelece disciplina à exigência do ICMS nas operações interestaduais que destinem mercadoria ou bem a consumidor final, cuja aquisição ocorrer de forma não presencial no estabelecimento remetente.
 
Porém, esse protocolo é objetivo de algumas Ações Diretas de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF). Também tramita no senado três Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da divisão do ICMS do e-commerce entre Estados e municípios, sendo que todas encontram-se reunidas na PEC 103/11, de autoria do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), aprovada no Senado e agora em tramitação na Câmara dos Deputados, desde julho de 2012. No dia 07 de maio, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou a admissibilidade da proposta que muda as regras de recolhimento do ICMS nas operações de compra e venda realizadas pela internet, medida prevista na PEC 197/12, do Senado.
 
Agora a PEC será examinada por uma comissão especial e, se aprovada, será apreciada pelo Plenário, onde tem que ser votada em dois turnos. A disputa pelo bolo do ICMS nas vendas pela internet também já alcançou a esfera judicial, mas especificamente o Supremo (STF). Vários governos estaduais entraram com recursos no STF questionando o pagamento feito pelas empresas apenas no estado emissor do produto, porém ainda não foi proferida nenhuma decisão, uma vez que o próprio relator desse processo, ministro Luiz Fux, pediu prazo para que a decisão tenha repercussão geral, ou seja, que possa ser aplicada em todos os processos com o mesmo tema, alegando a importância política-econômica do tema.
 
Mas o assunto foi colocado em segundo plano em função do julgamento do mensalão e de outras matérias de maior clamor popular. Portanto, não tem prazo para mudar essa realidade que não apenas contribui para aumentar as desigualdades regionais como também prejudica Estados, municípios e o povo brasileiro.
 
Fonte: SEFAZ - PI

Fisco quer eliminar obrigações contábeis complexas

A tão esperada reforma tributária necessária para colocar o Brasil nos trilhos do crescimento é discutida há mais de 20 anos, mas não consegue avançar. Enquanto o tema permanece emperrado pelos reveses da política, outro caminho para a simplificação dos tributos está sendo trilhado a passos rápidos dentro do governo. A revolução branda pela qual trabalha o Fisco prevê a eliminação de obrigações contábeis complexas, como a declaração de débitos previdenciários, cujo manual de explicações tem nada menos que 198 páginas, e a criação de um moderno sistema de controle eletrônico que vai reunir as informações fiscais declaradas à Receita Federal. Conforme antecipou ao Correio o subsecretário de Arrecadação e Cobrança do órgão, Carlos Roberto Occaso, o primeiro passo desse projeto é extinguir, a partir de 2014, a Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (Gfip). Atualmente, cerca de oito milhões de pessoas jurídicas, de pequeno e grande portes, são obrigadas a preencher o documento. A obrigatoriedade vem desde a época em que a cobrança dos débitos trabalhistas era feita pela Secretaria da Receita Previdenciária, extinta em 2005. Deco Bancillon
 
Fonte: Sindifisco Nacional

Fazenda insiste, mas STF reafirma que ICMS não compõe a base do PIS e da Cofins

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal reafirmou nesta terça-feira (3/4), ao analisar 25 processos, o entendimento firmado pela corte de qu...