sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

No início do ano, estratégia para pagar tributos é fundamental

Depois das comemorações e dos gastos de final de ano, chegou a hora de começar 2013 com as contas em dia. Com os tributos bem conhecidos e que começam a ser pagos em janeiro, o momento é de pensar na melhor estratégia para liquidar (ou parcelar) esta avalanche de despesas como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU),Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), cartões de crédito e material escolar das crianças. A FOLHA consultou economistas que apresentam dicas de como escapar "ileso" deste momento. Na opinião dos especialistas, nem sempre quitar os impostos à vista é a melhor arma. A prioridade ainda é fechar as contas que ficaram para trás.

O economista da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Adilson Volpi, salienta que se o consumidor está com alguma pendência atrasada que esteja acumulando juros – leia-se cartões e cheque especial – é interessante procurar as instituições financeiras para liquidar estas contas antes de pensar em pagar os novos impostos. "Cheque especial e cartão de crédito são os cupins do orçamento familiar. Antes de avaliar como serão pagos estes impostos do começo do ano, é bom finalizar as dívidas mais antigas."

A conta é simples: os descontos oferecidos para quitar o IPTU ou o IPVA à vista serão sempre mais baixos do que o percentual dos juros dos cartões ou cheque especial. Neste caso, portanto, opte pelo parcelamento, sem claro, esquecer dos outros gastos inevitáveis do mês. "A pessoa precisa avaliar suas despesas mensais, ver quanto irá sobrar, e quanto vai poder pagar por mês. Se não tiver pendências atrasadas, aí sim, opte por pagar os impostos à vista, já que em certos casos o desconto é interessante", compara Volpi.

No caso do pagamento do IPVA à vista, tirar dinheiro da poupança ou aplicações com renda fixa é interessante, já que o desconto normalmente é maior que os rendimentos nestas aplicações. Já o IPTU, é recomendável não atrasar o pagamento pois as multas geralmente são altas, podendo chegar a 20% do valor mais os juros que variam entre 1% e 2% ao mês, de acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). "É preciso ser muito tranquilo para manter as contas controladas ao longo do primeiro semestre. Além disso, não podemos esquecer, por exemplo, do seguro do carro e do material escolar dos filhos", salienta o economista da UFPR.

Para o economista da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Antonio Zotarelli, três palavras regem este momento: controle, disciplina e planejamento. "Apesar de parecer simples, muitas vezes gastamos além dos nossos limites e já entramos no novo ano com problemas para quitar estes impostos que surgem. Na verdade, estamos comprometendo nossa renda futura e nos enrolando desde janeiro", relata ele.

Para o material escolar, além dos descontos à vista, os consumidores não podem deixar de realizar a pesquisa de preços. "O consumidor, claro, tem que ir atrás dos descontos em todos os casos, mas sem deixar de avaliar as contas que podem ter ficado para trás".


Fonte: Folha Web

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